24º Domingo do Tempo Comum (ano B)

As leituras de hoje nos convidam a refletir sobre nossa fé. Nos chamam especialmente para refletir se minha fé é uma verdadeira fé cristã. Se é consistente com o desejo de Jesus.

A fim de ter uma fé cristã, é certamente necessário reconhecer a verdade de que Jesus é o Messias enviado por Deus, bem como reconhecer a verdade de que Jesus é o Filho de Deus, que é Deus que se tornou um homem. Contudo, o reconhecimento de Jesus como o Messias e como o Filho de Deus não é suficiente para que nossa fé seja uma verdadeira fé cristã.

Na segunda leitura de hoje São Tiago nos ensina que a fé cristã não é apenas sobre certas crenças e convicções. São Tiago nos ensina que, se nossas crenças cristãs não são expressas em obras, isso significa que essas crenças não são reais, que nossa fé está morta.

Uma fé é viva, ou verdadeiramente cristã, somente quando é acompanhada de ações. Naturalmente, estes ações têm que ser o resultado da prática dos ensinamentos de Jesus. Têm que ser o resultado do seguimento de exemplo de vida de Jesus em sua própria vida.

O desenvolvimento de tal fé pode ser visto na vida de Pedro. Depois de estar há algum tempo com Jesus, Pedro se convenceu de que Jesus é o Messias. A confissão desta fé é refletida no Evangelho de hoje. No entanto, o Evangelho de hoje também mostra que a fé de Pedro ainda não era a fé que Jesus queria. Quando Jesus confessou que logo seria preso e morto, Pedro protestou dizendo que Jesus não poderia deixar isso acontecer.

Pedro protestou e tentou impedir que Jesus seguisse o caminho que levava à morte, sobretudo porque esse caminho era completamente diferente do caminho que Pedro imaginara. Pedro estava convencido de que Jesus, como o Messias, venceria seus inimigos e se tornaria o rei de Israel. Por outro lado, Pedro, que deixou tudo e seguiu Jesus e se tornou seu discípulo de confiança, participará do poder e dos privilégios do novo rei de Israel. Essa foi a razão pela qual Pedro decidiu seguir a Jesus. No entanto, seguir a Jesus, que será preso e morto, significou algo bem diferente do que Pedro queria e esperava. Seguir Jesus que vai ser morto, era expor a própria vida. Isso significava sofrimento.

Jesus lembrou a Pedro que se Pedro quisesse ser Seu discípulo, ele deveria confiar em Jesus tão fortemente que pudesse seguir caminhos que não concordavam com suas imaginações.

Porque o caminho que Jesus nos mostra é muitas vezes diferente do que imaginamos, seguir a Jesus, requer grande confiança em Jesus. No entanto, até mesmo essa confiança não é suficiente para alcançar o objetivo desse caminho. Precisamos da motivação certa.

O homem pode chegar ao fim do caminho que Jesus indica, isto é a fé do homem será capaz de entregar os frutos que Jesus prometeu, somente quando ele andar por este caminho somente por amor a Jesus, quando ele desejar tornar-se como Jesus é, quando ele quiser se unir perfeitamente com Jesus.

Muitos cristãos estão convencidos de que viver de acordo com os ensinamentos de Jesus é uma forma de pagamento pela vida eterna. Ou, em outras palavras, muitos cristãos estão convencidos de que, se seguirem os mandamentos que Jesus nos deu, serão recompensados na vida eterna após a morte. No entanto, essa crença não tem nada a ver com o ensinamento de Jesus. Além do mais, podemos até dizer que tal crença é consistente com o ensinamento dos fariseus, isto é, com o ensinamento que Jesus criticou muito.

A fim de corrigir nossos motivos para seguir a Jesus, precisamos lembrar das duas coisas seguintes.

Devemos lembrar que a felicidade da vida eterna vem de comunhão amorosa com Deus, que é resultado da unidade com a Santíssima Trindade.

Precisamos também lembrar que Jesus Cristo não apenas nos mostra o caminho para a vida eterna, mas Ele é o Caminho à vida eterna, Ele é a própria Vida Eterna.

Jesus Cristo é o Caminho para a vida eterna, e além do mais ele é a Vida Eterna, porque, juntando-se com Jesus através dos laços de fé, confiança, esperança e amor, nos juntamo com Deus mesmo, isto é começamos a participar da vida eterna. Aprofundando nossa comunhão com Jesus para segui-lo, aprofundamos nosso relacionamento com Deus, isto é, participamos cada vez mais da vida eterna. Ao nos unirmos a Jesus, nos unimos a Deus, isto é, alcançamos a plenitude da vida eterna.

Rezemos por todos os cristãos, para não se contentarem meramente com reconhecer Jesus Cristo como o Messias e o Filho de Deus, mas para que constantemente possam aprofundar seu amor por Jesus, através de conhecer melhor sua pessoa e por estar frequentemente com Jesus vivo.

Rezemos também para que, através do fiel seguimento de Jesus, os cristãos aprofundem a sua união com Jesus, e pela plena união com Jesus alcancem a plenitude da vida eterna.

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